quarta-feira, 24 de junho de 2009

Nota no site de Raul Marcelo (PSOL)

A Polícia Militar tomou o campus da Universidade de São Paulo nesta segunda-feira (1º de junho) por treze horas. Os policiais cercam o prédio da reitoria, controlando o acesso e saídas, em razão da greve dos servidores. O contingente da PM só deixou o local depois que professores de diversas unidades iniciaram uma aula pública em frente ao prédio da reitoria.

Nesta terça-feira, às 11 horas, será realizado um ato no local em repúdio à entrada da PM no campus para intimidar a mobilização da comunidade univeristária. Os professores também farão paralisação.

A bancada do PSOL repudia o uso da força policial contra o movimento grevista dos servidores – apoiado pelos estudantes. As lutas reivindicatórias dos movimentos sociais são legítimas, uma conquista do processo de redemocratização do país, e devem ser encaradas como parte do pleno exercício da participação popular. Não como caso de polícia.

Em nosso país, no entanto, a resposta dos governos tem sido a criminalização dos movimentos sociais e da pobreza.

No caso da USP, onde os servidores estão em greve desde o dia 5 de maio, cobrando reposição das perdas salariais e a reintegração de um dirigente sindical demitido, a reitoria recusa-se a negociar com o movimento. Hoje o Sintusp (Sindicato de Trabalhadores da USP) denuncia que “os policiais estão com uma atitude provocativa frente aos trabalhadores, arrancando as faixas dos grevistas, buscando abertamente causar incidentes. Isso se dá justamente após a reitoria, apoiada pelo governo do estado, ter suspendido as negociações com os trabalhadores de maneira completamente arbitrária”.

Nosso mandato repudia a criminalização da greve dos servidores da USP, apóia a luta dos trabalhadores por salários dignos e respeito à organização sindical e defende a universidade pública, gratuita e de qualidade. A USP é um patrimônio da população paulista e não pode ser palco de episódios dignos de regimes autocráticos.

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