quarta-feira, 24 de junho de 2009

Moção da Flaskô e Mov. das Fábricas Ocupadas

O Movimento das Fábricas Ocupadas, e os trabalhadores da Flaskô, declaram total apoio a greve dos trabalhadores da USP. Entendemos que ao contrário do que afirmou o presidente Lula, de que não seria hora de cobrar aumentos salariais em função da crise, é um do ponto de vista dos interesses dos trabalhadores a luta por se defender das perdas e lutar para avançar nas conquistas, por isso afirmamos nosso compromisso de apoio aos trabalhadores da USP e a luta pela imediata readmissão de Claudionor Brandão, dirigente do SINTUSP.

Nós não podemos aceitar calados os ataques aos trabalhadores, a seus direitos e sobretudo aos próprios empregos e a suas organizações este é o momento de construir a unidade e avançar na defesa de cada trincheira.

Contem conosco.

Viva a luta dos trabalhadores da USP!

Viva a luta dos trabalhadores de todo o Mundo!

Moção de apoio dos Trabalhadores da Sabesp

Os trabalhadores da Sabesp, reunidos em assembléia na sede do SINTAEMA (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo) no dia 21 de maio de 2009, aprovaram por unanimidade moção de apoio aos trabalhadores da USP que estão no 18º dia de greve.

Nesta mesma assembléia aprovamos greve a partir do dia 26 de maio, pois também nos encontramos em campanha salarial e as dificuldades de negociação que a reitora da USP impõe aos trabalhadores, a direção da empresa (a mando de José Serra) aplica na Sabesp.

Ofereceram aos trabalhadores da Sabesp o índice da FIPE (6,05%), repassando aos benefícios. Querem promover a demissão de 1600 trabalhadores, oferecem como garantia de emprego 90% do quadro efetivo. Alem da demissão de mais de 2000 trabalhadores aposentados através de Termo de Ajustamento de Conduta assinado com o Ministério Público do Estado.

O governo Serra e seus representantes nas empresas, fundações e universidades demitem e perseguem trabalhadores e lideranças sindicais. Casos como do Didi na Nossa Caixa, do Brandão na USP e de diversos dirigentes e ativistas no Metrô acontecem na Sabesp, atingindo delegados sindicais e ativistas com demissões e punições.

Em contrapartida aumenta o nível de terceirizações e o desmonte do serviço público. Isso sem falar da contratação irregular de diversos assessores, que não prestam concurso publico e não precisam de autorização do Legislativo para suas contratações. Infelizmente nesse caso não vemos o mesmo empenho do Ministério Publico, Tribunal de Contas do Estado e outros órgãos questionando a contratação dos assessores, como fazem com mais de 2000 aposentados na Sabesp, 973 pós 88 na Sabesp e os 5214 pós 88 da USP.

Sabemos que só a mobilização dos trabalhadores derrotará a fúria dos governantes de desmontar os serviços públicos.Visto que a causa das lutas é a mesma, estamos juntos na mesma trincheira nessa longa e árdua batalha. Nos encontramos nas passeatas, atos e greves em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Trabalhadores da Sabesp em assembléia de aprovação de greve. (21 de maio de 2009)

Moção de apoio dos estudantes de Unesp/Marília

Nós trabalhadores da UNESP - Campus Marília, declaramos na Assembléia
Geral de
08/05, nosso apoio incondicional a greve de nossos companheiros da USP. Lutamos também para construir uma mobilização em torno da pauta do F6 e, entendemos fundamentalmente, que os ataques contra Brandão e o SINTUSP fazem parte de uma escalada repressiva por parte das Reitorias e do governo de São Paulo contra aqueles que lutam por uma universidade pública, de qualidade e acessível para toda a população. Diante do momento em que vivemos, de crise mundial com diversos ataques sobre nossa classe, esta luta não pode ser tratada como uma luta isolada, deve ressoar no conjunto dos trabalhadores, para garantir as conquistas que temos sobre o livre direito de nos organizarmos. Nesse sentido, tomamos como exemplo a greve de nossos companheiros da USP e entendemos que este é o momento para construirmos a unidade dos trabalhadores e barrarmos os ataques.
ASSEMBLÉIA GERAL DE FUNCIONÁRIOS DA UNESP/MARÍLIA
08/05/2009

nota de apoio do Coletivo Sindical Vamos A Luta

Apoiamos essa GREVE, porque estamos juntos com os trabalhadores da USP nessa luta por melhores salários, porque repudiamos a demissão do trabalhador Claudionor Brandão que se trata de um sério ataque à organização sindical e política da classe trabalhadora, bem como repudiamos a abertura de processos administrativos e sindicâncias à outros trabalhadores vinculados ao SINTUSP, que em conjunto com os estudantes e professores estão na defesa da Universidade Pública e de qualidade.

Exigimos a reincorporação imediata e incondicional de Claudionor Brandão e exigimos a retirada de todos os processos administrativos e sindicâncias aos estudantes, trabalhadores e professores que lutaram em defesa da Universidade.

Por fim reforçamos a nossa disposição em reforçar as fileiras que estão na resistência aos ataques à educação pública e a outros direitos sociais da classe trabalhadora, vindos do Governo Estadual de São Paulo e do Governo Federal que representam as elites industriais, financeira e agrária desse país.

Coletivo Sindical Vamos A Luta/FASUBRA

Nota de apoio Conlutas/MS

A Coordenação Nacional de Lutas em Mato Grosso do Sul, vem à publico, manifestar o seu apoio incondicional aos Trabalhadores e Trabalhadores da Universidade de São Paulo - USP.

Entendemos que não foram os Trabalhadores e Trabalhadoras que criaram a crise do capitalismo. Portanto não somos nós que pagaremos por ela.

Avante Trabalhadores e Trabalhadoras!
Hasta la victoria!

CONLUTAS/MS
Secretaria Executiva

Moção de apoio dos Estudantes da Ciências Sociais da UFRJ

Todo apoio à greve de funcionários da USP e à mobilizações estudantis. Os estudantes da Ciências Sociais da UFRJ reunidos dia 06/05 manifestamos nosso completo apoio aos funcionários da USP que iniciaram dia 05/05 uma greve em defesa da recomposição salarial e pela readmissão do diretor sindical, Claudionor Brandão, demitido como parte do ataque da reitoria e do governo Serra aos trabalhadores, seu sindicato o SINTUSP e a ativistas estudantis. Chamamos o movimento estudantil de todo país a se manifestar em apoio a esta greve e para tomar ações pela solidariedade e coordenação de todo país em defesa dos lutadores.Nós solidarizamos também com as mobilizações que vem fazendo o movimento estudantil com a ocupação do espaço do DCE e paralisações ocorridas em diversos cursos da USP e campi da UNESP.

Moção de apoio de Estudantes UNESP- Marília

Os estudantes da UNESP campus de Marília reunidos em Assembléia Geral no dia 06 de Maio de 2009 declaram total apoio a greve dos trabalhadores da USP iniciada no dia 05 de Maio que, entre outras coisas, reivindica reajuste salarial e a imediata readimissão de Claudionor Brandão, dirigente do SINTUSP demitido ilegalmente pela reitoria no ano passado. Entendemos que os ataques contra Brandão e o SINTUSP fazem parte de uma escalada repressiva por parte da Reitoria e do governo de São Paulo contra aqueles que lutam por uma universidade pública, de qualidade e acessível a toda a população.

Assembléia Geral de Estudantes da UNESP de Marília, 06 de Maio de 2009

Moção de apoio do DA “POR UMA QUESTÃO DE CLASSE”

Os trabalhadores da Usp se colocam em greve, desde o dia 05/ 05, como uma manifestação política contra a demissão ilegal de Claudionor Brandão, líder sindical do Sintusp, contra os ataques à educação (UNIVESP) e por pontos específicos. Na última semana, o Cruesp se recusou a negociar e, em resposta, os trabalhadores fizeram um piquete para garantir a negociação. Hoje (01/06), a Usp amanheceu sitiada pela TROPA DE CHOQUE. Brandão foi ilegalmente demitido por perseguição política, pois o Sistusp se colocou na ponta das lutas contra os ‘decretos do Serra’, em 2007.
Agora, o governo junto aos reitores e diretores tentam impor, a conta gotas, todas as medidas de precarização da educação e, para garantir nenhuma manifestação contrária, operam processo de perseguição política, sindicâncias, processos civis. Nesse momento é escancarada a real finalidade da polícia: REPRIMIR O POVO E QUEM SE COLOQUE CONTRA OS INTERESSES DA MINORIA!
O Diretório Acadêmico “POR UMA QUESTÃO DE CLASSE” repudia completamente a ação da reitoria da Usp e todos os processos repressivos.
Apoio incondicional e irrestrito aos trabalhadores da Usp!
Contra qualquer forma de repressão aos lutadores!
Abaixo UNIVESP!
Por uma universidade pública, gratuita e a serviço da população!
Pela imediata readmissão do Brandão!

Nota de apoio da Boitempo

Caros,
em nome da revista margem esquerda e de todos os que trabalham na boitempo editorial, venho manifestar repúdio à presença da polícia de Serra na cidade universitária e apoio à legítima mobilização dos funcionários da usp.
saudações,
Ivana Jinkings
editora

Nota de apoio do Prof. Pedro Fassoni Arruda , PUC/SP

Diante da escalada da violência institucional e da intransigência do governo do Estado de São Paulo, que trata os legítimos movimentos sociais como questão de polícia (como a recusa em negociar com o movimento de greve, apelando para a tropa de choque como "negociadora" das questões envolvendo o ensino universitário) , manifesto minha inteira solidariedade aos alunos, professores e funcionários da USP, que com coragem e determinação enfrentam o governo reacionário do Estado, seus prepostos e seus lacaios, na luta por melhores condições. Essa é a luta por um ensino público de qualidade, que deve servir aos interesses dos trabalhadores brasileiros. Lutamos por uma universidade verdadeiramente democrática, cujos portões, guaritas e salas de aula estejam abertos aos trabalhadores do campo e da cidade; onde exista verdadeira liberdade de expressão e manifestação do pensamento; onde professores e funcionários possam exercer livremente o direito de crítica, sem represálias. Minha solidariedade aos colegas do SINTUSP, em especial ao camarada Brandão, legitimamente eleito para a diretoria e arbitrariamente demitido da Universidade. Meu apoio à luta dos professores, que enfrentam o sucateamento do ensino e das condições de trabalho, o arrocho salarial e a ausência de espaços democráticos de discussão. Minha solidariedade aos alunos, que são proibidos de exercer alguns direitos fundamentais, e que são tratados como mercadorias, porque a universidade atende prioritariamente os interesses dos ricos, que pretendem instrumentalizá -la para servir aos interesses do capital, "formando profissionais para o mercado". Por uma universidade pública e de qualidade, contra a ação da polícia, do governo estadual e da reitoria subserviente aos interesses do grande capital.
Declaração de apoio ao movimento de greve na USP

Diante da escalada da violência institucional e da intransigência do governo do Estado de São Paulo, que trata os legítimos movimentos sociais como questão de polícia (como a recusa em negociar com o movimento de greve, apelando para a tropa de choque como "negociadora" das questões envolvendo o ensino universitário) , manifesto minha inteira solidariedade aos alunos, professores e funcionários da USP, que com coragem e determinação enfrentam o governo reacionário do Estado, seus prepostos e seus lacaios, na luta por melhores condições. Essa é a luta por um ensino público de qualidade, que deve servir aos interesses dos trabalhadores brasileiros. Lutamos por uma universidade verdadeiramente democrática, cujos portões, guaritas e salas de aula estejam abertos aos trabalhadores do campo e da cidade; onde exista verdadeira liberdade de expressão e manifestação do pensamento; onde professores e funcionários possam exercer livremente o direito de crítica, sem represálias. Minha solidariedade aos colegas do SINTUSP, em especial ao camarada Brandão, legitimamente eleito para a diretoria e arbitrariamente demitido da Universidade. Meu apoio à luta dos professores, que enfrentam o sucateamento do ensino e das condições de trabalho, o arrocho salarial e a ausência de espaços democráticos de discussão. Minha solidariedade aos alunos, que são proibidos de exercer alguns direitos fundamentais, e que são tratados como mercadorias, porque a universidade atende prioritariamente os interesses dos ricos, que pretendem instrumentalizá -la para servir aos interesses do capital, "formando profissionais para o mercado". Por uma universidade pública e de qualidade, contra a ação da polícia, do governo estadual e da reitoria subserviente aos interesses do grande capital.
Pedro Fassoni Arruda - Professor, Depto. de Política da PUC/SP.

Moção de apoio do Revolutas

Nota de repúdio à invasão policial da USP

O coletivo Revolutas manifesta seu veemente repúdio à operação da Polícia Militar do Estado de São Paulo, após pedido da reitora da Universidade de São Paulo, Suely Vilela, com o suporte do governador José Serra, que invadiu a universidade na calada da noite e impediu a legítima manifestação dos trabalhadores em greve durante essa segunda-feira.

A repressão policial da greve na USP demonstra, mais uma vez, a indisposição da reitoria a negociar. A operação não é um ataque apenas aos funcionários em greve, mas a toda a comunidade universitária que preza pela liberdade de organização e expressão política. A resposta deve vir a partir da base, através da unidade entre funcionários, professores e estudantes na luta por uma USP pública, livre e radicalmente democrática.

Revolutas | coletivo anticapitalista, socialista e libertário
São Paulo, 02 de junho de 2009

Moção de Apoio Fafil - UNESP-Marília

Os estudantes da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP campus de Marília, em greve desde o dia 26 de maio de 2009, e com ocupação do Prédio de Aulas desde a mesma data, reafirmam seu apoio com toda força e veemência a Greve dos Trabalhadores da USP.

Compreendemos que há um projeto político-econômico dos governos, seja federal seja estadual e, na maior parte dos casos, municipal de precarização dos serviços públicos para favorecer a iniciativa privada: as grandes empresas, as grandes fortunas, os banqueiros, os empresários, os latifundiários.

Na universidade pública, e na educação de forma mais geral, não é diferente. A UNESP está sendo atacada pela sua reitoria, em conluio com o governo do estado, por meio de um Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) que visa adaptar a UNESP aos interesses dos grandes capitalistas nacionais e internacionais. Nós, estudantes da FFC-Marília, nós opomos veementemente a esse Plano por entendermos que a UNESP, sendo pública, deve pesquisar as demandas da maior parte da população, que é pobre e trabalhadora.

Outro ataque do governo do estado chama-se Universidade Virtual dos Estudantes de São Paulo (UNIVESP). Na verdade, trata-se de um programa da Secretária de Ensino Superior que visa expandir as vagas no Ensino Superior por meio do Ensino à Distância. Os estudantes desta FFC-UNESP/Marília se opõe ao Ensino à Distância como ferramenta pedagógica de formação, dado que precariza o ensino, inviabiliza a pesquisa e a extensão. Além disso, a UNIVESP é um projeto eleitoreiro do governo do estado, que diminuirá o repasse de verbas à Educação Pública, descompromissando o estado com a contratação de professores, funcionários, melhoras salariais, construção de salas de aula e laboratórios, permanência estudantil, bolsas de estudo, etc.

Neste sentido, fazemos de vossa luta, a nossa luta.
Fora Polícia da USP e de todas as Universidades

Readmissão imediata de Claudionor Brandão

Que nós vençamos e que vós vençais.

Saudações, força na luta e até a vitória.

Moção de apoio do DCE UNESP-FATEC

Diretório Central dos Estudantes “Helenira Resende da UNESP-FATEC”

Moção de repúdio

O DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES “HELENIRA RESENDE” DA UNESP-FATEC REPUDIA visceralmente a militarização das universidades, quer dizer, a presença de qualquer força bruta no estado, como a polícia e o exército nas universidades. O ápice deste movimento dos governos foi o sitiamento da USP, pela Tropa de Choque da Polícia Militar, ontem e hoje, a mando da reitoria desta universidade e do governador do estado de São Paulo, José Serra. Entendemos que a utilização da Polícia Militar contra o legítimo movimento dos trabalhadores da USP não só é autoritário e como fere gravemente toda e qualquer possibilidade de diálogo. O problema é ainda mais grave, no entanto; não deve ser visto como vão o fato de esta ser a primeira vez que a Polícia invade a USP desde o fim da Ditadura Militar. Há uma série de indicativos do recrudescimento dos Governos e seus apêndices contra os movimentos populares, como a Lei do Toque de recolher e a constante perseguição e punição de todos aqueles que não admitem os desmandos da burocracia estatal e universitária, dos patrões e dos ricos. Na universidade, o vislumbrar dos cacetetes e o batuque dos coturnos lustrados serve para que todos aqueles que se opõem à política de desmonte dos serviços públicos, posta em prática por Serra e pelos reitores, se calem e se submetam à ordem imposta das coisas. O movimento dos três setores (funcionários, estudantes e professores) não deve se calar diante do descalabro de verem-se ameaçados por armas de fogo, punhos fechados, bombas, cães e porretes em seus próprios locais de trabalho e estudo. Este DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES conclama todos os setores a reagirem imediatamente a esta ação raivosa do governo do estado e das reitorias. Ou decepamos a mão que pune agora, ou ela ganhará tamanha força que não mais poderemos nos opor, de forma alguma a ela. Caso não encampemos a greve dos trabalhadores da USP, UNESP e UNICAMP, a greve com ocupação dos estudantes da UNESP-Marília, a greve dos estudantes da FE e do IFCH da UNICAMP e a greve dos professores da mesma UNESP-Marília; caso não tomemos estas lutas como nossas (como de fato são), elas serão derrotadas; e, assim como elas são nossas lutas, sua derrota também será nossa derrota.

- Fora a polícia das universidades!

- Abaixo a repressão: reintegração imediata de Claudionor Brandão, fim das sindicâncias nas três públicas paulistas!

- Contra o sucateamento da educação: abaixo as políticas privatistas e mercantis das reitorias e dos governos estadual e federal!

- Mais verbas para a educação pública!

- Todo apoio à greve dos trabalhadores da USP, UNESP e UNICAMP!!!

- Todo apoio à greve com ocupação dos estudantes da UNESP-Marília!!!

- Todo apoio à greve dos estudantes da FE e do IFCH da UNICAMP!!!

TODO À LUTA CONTRA A POLÍTICA DAS REITORIAS E DO GOVERNO DO ESTADO!!!!

São Paulo, 03 de junho de 2009

Diretório Central dos Estudantes “Helenira Resende” da UNESP-FATEC

Moção de Apoio do Diretório Acadêmico – Unesp Rio Claro

Mais uma vez, repressão.

No dia 1º de junho, relembrando os tempos de ditadura militar que marcaram dias sangrentos da história de nosso país e Universidades, a Polícia Militar de São Paulo, a mando do governador José Serra e da reitora da USP Sueli Vilela, sitiaram o campus da USP, tentando intimidar a forte greve de trabalhadores que se mantém.

Nós estudantes da Unesp de Rio Claro, em ampla solidariedade aos lutadores e lutadoras da USP atendemos prontamente ao pedido de solidariedade e construímos ontem, dia 2 de junho, um importante ato contra a militarização da USP e exigindo do Conselho de Reitores da Universidades Estaduais Paulistas(CRUESP) , que retome imediatamente as negociações da greve. Assim como nós, estiveram presentes também estudantes de Araraquara, São José do Rio Preto, Rosana, Instuto de Artes de São Paulo, Campinas, PUC-SP, Franca e Marília demonstrando que essa luta é unificada e de todos nós.

A mesma intrasigência que tem marcado as negociações e o claro caráter anti-democrático do envio de tropas da Polícia Militar no dia 1º de junho, é retomada mais uma vez, hoje, dia 3 de junho. Mais uma vez, a Universidade que diz ser uma das melhores do mundo, é tomada e sitiada por polícias em todos os prédios. Repudiamos e denunciamos o claro caráter anti-democrático do governo Serra e da reitoria Suely Vilela que retomam os métodos da ditadura militar para tentar desmontar uma greve completamente legítima. Chamamos o conjunto de professores e estudantes da USP, mas também todas entidades estudantis, sindicais, estudantes, professores, trabalhadoes, intelectuais, organizações políticas e movimentos sociais de nosso país a se pronunciarem contra tamanho ataque. O silêncio nesse momento é conivente a tais ações repressivas.

Deixemos bem claro: se atacam um, responderemos todos!

- Pela imediata desmilitarização da USP

- Pela reabertura imediata de negociações do CRUESP com o Fórum das Seis. Basta de hipocrisia da reitoria e do governo Serra.

- Todo apoio a greve de trabalhadores da USP

- Pela abertura imediata de negociações da reitoria e direção local com os estudantes e trabalhadores de Marília

- Pelo fim imediato de todos os processos contra estudantes, trabalhadores e entidades estudantis e sindicais. Pela readmissão de Claudionor Brandão.

Rio Claro, 3 de junho de 2009.

Diretório Acadêmico – Unesp Rio Claro

Gestão Por uma questão de CLASSE!

Moção de apoio de League for the Revolutionary Party, U.S.A

A Liga pelo Partido Revolucionário (The League for the Revolutionary Party) é uma organização da classe trabalhadora nos Estados Unidos da América. Nos colocamos em solidariedade com os trabalhadores da Universidade de São Paulo contra o cerco aos prédios da universidade por parte da tropa de choque. Também nos colocamos em defesa da greve de 4 semanas.

Chamamos o fim da repressão aos trabalhadores do Sintusp, garantindo o aumento de salário demandado pelo sindicato, o fim da ameaça aos 5000 trabalhadores e a reintegração do dirigente sindical, Brandão. A direção da universidade deve ser condenada por usas ações.

A determinação dos trabalhadores da Universidade de São Paulo em manter uma greve por tempo indeterminado pelas suas demandas é um sinal aos trabalhadores de toda parte de que o ataque anti-operário iniciado com a crise econômica internacional pode ser enfrentado e derrotado.

Pela solidariedade da classe trabalhadora internacional!

League for the Revolutionary Party, U.S.A

www.lrp-cofi.org

Nota de apoio do Prof. Ricardo Antunes

"Educação" à distância para aqueles que moram perto; salário arrochado para uma universidade atrofiada; redução desenfreada do corpo docente e aumento desmesurado dos "serviços" universitários; pagamento de pequenas taxas para torná-las grandes em breve; carreira docente sem debate e mesmo contra os docentes; menos funcionários públicos com direitos e muitos terceirizados precarizados, tal como se faz no mundo do mercado privado; cursos leves e flexíveis para uma "universidade" ligeira, sem discussão com o corpo discente; polícia militar no campus, agora com a aquiescência da reitoria; onde vamos parar, se não houver resistência.

É por isso que enviamos nosso apoio aos trabalhadores públicos da USP e aos estudantes da UNESP-Marilia e nesse embate que realizam para evitar o desmonte da universidade pública.

Apoios de Rosário, Argentina

Comunicado para firmar contra la represion a trabajadores y estudiantes en Brasil y por la libertad de los detenidos

Los abajo firmantes expresamos nuestra mas enérgica solidaridad con los estudiantes, docentes y trabajadores no-docentes de la Universidad de San Pablo (USP) brutalmente reprimidos por la Policía Militar por llevar adelante una fuerte huelga por aumento de salario, en defensa de 5.000 puestos de trabajo amenazados y de la educación pública, además de pelear por la reincorporació n Claudionor Brandão, Secretario General del SINTUSP (Sindicato de Trabajadores de la USP ) despedido por defender los derechos de los trabajadores. Exigimos la libertad inmediata de los detenidos, el retiro inmediato de la Policía Militar de la USP. Y el cumplimiento de las demandas de los trabajadores y estudiantes de la USP.

ATE Rosario - Jorge Acedo-Sec. Gral.

AMSAFE Rosario - Gustavo Teres-Sec. Gral. y Juan Pablo Casiello Sec. Adj.

CTA Rosario

Delegados No Docentes - La Marron ATE Rosario - Jorge Romero - Jose Cobos - Guillermo Garcia-

Centro de Estudiantes de Ciencias Médicas Centro de Estudiantes de Cs Política y Relaciones Internacionales Centro de Estudiantes de Psicología Centro de Estudiantes de UTN Sec Gral Federación Universitaria de Rosario Sec Gral Centro de Estudiantes de Humanidades y Artes Centro de Estudiantes de Humanidades y Artes Escuela de Historia - Humanidades UNR

Moção de Caio Toledo, Professor de Ciência Política da Unicamp

Profa. SUELY VILELA, Reitoria da USP,

a foto na capa de hoje da FSP é expressiva: o estudante, com sua arma, um livro, é ameaçado pela insana repressão da PM. Por caso, lembra a professora dos "anos de chumbo" em plena ditadura militar? Vendo as fotos dos jornais e as imagens da TV, outros se vão se lembrar da irracionalidade nos tempos do nazi-fascismo. Como ex-estudante da USP, não apenas lastimo; protesto contra a brutalidade da ação da PM que - caso o bom senso e a sensatez tivessem guarida nessa Reitoria - poderia ter sido inteiramente evitado. Atenciosamente,

Caio Toledo, Professor de Ciência Política - Unicamp

Apoios do México

Do México, mandam seu repúdio à reitoria e seu apoio à luta dos trabalhadores e estudantes da USP:

. Raúl Pérez Ríos, Secretario General del Sindicato de la Unión de Trabajadores del Instituto de Educación Media Superior del Distrito Federal (SUTIEMS)

. Alfredo Velarde (intelectual marxista e acadêmico da Fac. de Economia de la UNAM)

. Manuel Aguilar Mora (intelectual marxista e acadêmico da Universidad Autonoma de la Ciudad de Mèxico)

. Roman Munguia Huato (professor-investigador, pela comissão sindical do Sindicato del Personal Académico de la Universidad de Guadalajara (SPAUdeG))

. Ismael Contreras Plata (professor de Educação Média, pelo Movimiento Magisterial del Estado de Mèxico)

. Liga de Unidad Socialista

. Liga de Trabajadores por el Socialismo - QI (LTS - México)

Moção do Dr. Francisco De Ambrosis Pinheiro Machado, Professor de Filosofia - Unifesp

Prezados senhores,

externo aqui meu repúdio à intervenção e às ações violentas da polícia na USP ordenadas pela reitora daquela universidade contra funcionários, professores e estudantes, bem como minha solidariedade para com estes.

Atenciosamente,

Dr. Francisco De Ambrosis Pinheiro Machado Professor de Filosofia - Unifesp - Campus Guarulhos

Nota do agrupamento En Clave Roja (Argentina)

Abaixo a repressão contra os trabalhadores, professores e estudantes da Universidade de São Paulo

Desde En Clave Roja repudiamos a brutal repressão por parte da policia paulista aos estudantes, professores e trabalhadores da USP de São Paulo, Brasil. Desde o dia 5 de Maio os trabalhadores da USP vem protagonizando uma greve por melhorias salariais e em defesa dos postos de trabalho. A reitoria que dizia estar “pelo diálogo” respondeu o 1 de Junho com uma medida que não se tomava desde a ditadura militar brasileira: militarizando a universidade com a intervenção da polícia. Hoje novamente se vêem claras intenções da reitoria da USP e do Governador Serra. Quando mais de 1500 pessoas das três universidades estaduais de São Paulo se mobilizavam exigindo a retirada da polícia foram brutalmente reprimidos, tendo trabalhadores da USP presos. Estiveram presos Claudionor Brandão, dirigente do SINTUSP despedido pela reitoria, por perseguição política que busca acabar com o direito constitucional dos trabalhadores que se mobilizam por suas demandas; e outro trabalhador do Instituto de Estudos Brasileiros da USP.

Desde En Clave ROJA na Argentina fazemos nossa a luta dos trabalhadores, professores e estudantes do Brasil. A unidade operário-estudantil está na ordem do dia. A crise capitalista mundial já chegou na América Latina. O Brasil e o Chile declararam estes dias que entraram em recessão e são milhões os postos de trabalho que se perderam em todo o continente. O corte orçamentário à saúde e educação se torna cada vez mais asfixiante. É imperiosa a necessidade de uma forte campanha internacional, começando por todos os centros de estudantes e federações da polícia militar da universidade!

Fora a polícia do campus. Abaixo a repressão!

Fora a reitor Suely Vilela!

Fora o secretário de segurança pública Ronaldo Marzagão!

Viva a luta dos trabalhadores da USP!

Pela unidade operária-estudantil!

Que a crise seja paga pelos capitalistas!

En Clave ROJA - (PTS e independentes)

Moção de Maria Orlanda Pinassi, professora da UNESP/Araraquara

O recurso à repressão policial aos legítimos movimentos de trabalhadores neste país é algo grotesco, execrável e inadmissível. Por isso exige-se a IMEDIATA retirada da PM - corporação totalmente estranha às atividades desenvolvidas num ambiente acadêmico - do campus universitário da USP e de qualquer outra universidade brasileira.

Maria Orlanda Pinassi - professora UNESP de Araraquara

nota do Coletivo Teatral IVO 60

olá amigos e parceiros,

Dando uma pausa no informes de nossas atividades (temos intervenções dias 20 e 21 no Parque da Luz às 16h), gostaríamos de nos posicionar contra a brutalidade que está ocorrendo na USP, berço do grupo que ano que vem completa 10 anos.

O IVO 60, coletivo teatral profissional ligado à Cooperativa Paulista de Teatro, formou-se no ano de 2000, reunindo estudantes da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

Tendo em vista os últimos acontecimentos ocorridos dentro do Campus da USP, as atrocidades decorridas da violência empregada pelos policiais militares contra os estudantes, funcionários e professores organizados em caráter de assembléia de greve na Universidade, não poderíamos nos omitir de tornar público nosso repúdio à presença da Polícia Militar dentro da USP (por requerimento da própria reitoria da instituição) e à maneira truculenta com que o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Paulistas), Suely Vilela (reitora da USP) e o Estado têm lidado com a organização dos movimentos sociais dentro da universidade.

Colocando-nos ao lado de diversas entidades (incluindo a Cooperativa Paulista de Teatro e a ADUSP – Associação dos Docentes da USP – que, inclusive pede o afastamento imediato da reitora), manifestamos nossa discordância plena com as atitudes que, de forma absolutamente autoritária e repressora, cerceiam os direitos civis garantidos por nossas leis.

Esperamos que esta mensagem propicie, ao menos, o acesso às informações referentes aos acontecimentos e pedimos que os amigos e colegas juntem-se a nós divulgando-a.

Obrigado, IVO 60

DECLARAÇÃO DA ASSEMBLÉIA DA ADUSP DE 10/06/2009

A Universidade de São Paulo tem desrespeitado, há anos, no seu cotidiano e nas suas instâncias de decisão, o Artigo 206 da Constituição Federal que define o princípio da gestão democrática do ensino público. O desrespeito fica evidenciado pela ausência de diálogo sempre que deliberações de Conselhos de Departamentos, Congregações e do Conselho Universitário acontecem sem a devida participação de alunos, docentes e funcionários. Nos últimos meses testemunhamos algumas dessas deliberações que, no lugar do diálogo, impõem de maneira autoritária suas decisões, gerando conflitos e desgastes desnecessários entre as partes envolvidas: demissão política de um dirigente sindical, o ingresso da USP na Univesp, a reforma estatutária da carreira, as mudanças no exame vestibular, entre outras. As três últimas, aliás, foram tomadas sem razões acadêmicas que as sustentem.

A crise atual vivenciada pela USP, originada pela negociação de data-base, como vem acontecendo nas negociações dos últimos anos, a ausência de diálogo exacerbada pela ruptura por parte do Cruesp da continuidade da negociação, culminou com a solicitação, por parte da reitoria da USP, da presença da Polícia Militar, provocando a violenta repressão que vivenciamos na tarde de ontem no campus Butantã da USP.

Em função dessa sucessão de acontecimentos:

“Os professores da Universidade de São Paulo, reunidos em Assembléia no dia 10 de junho de 2009, em face dos graves acontecimentos envolvendo a ação violenta da Polícia Militar no campus Butantã, vêm a público exigir:

1. a renúncia imediata da professora Suely Vilela como reitora da Universidade de São Paulo;

2. a retirada imediata da Polícia Militar do campus;

3. que a nova administração adote uma medida firme para impedir que as chefias e direções assediem moralmente os funcionários que exercem o direito de greve, de modo a criar condições objetivas para que os funcionários possam suspender os piquetes;

4. que se inicie também imediatamente um processo estatuinte democrático.

São Paulo, 10 de junho de 2.009. Adusp-S.Sind. Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo

Apoio dos trabalhadores da Fábrica Zanon, sob controle operário, Argentina

El Sindicato Ceramista de Neuquen, Argentina y los obreros y obreras de Zanon Bajo Gestion Obrera repudiamos la represion sufrida por los compañeros y compañeras de la USP en huelga. Trabajadores (funcionarios) del SINTUSP, profesores y estudiantes. Condenamos la represion y hacemos responsables de la misma tanto a la rectora y autoridades universitarias como al gobierno de Serra. Repudiamos sus metodos que averguenzan a los trabajadores y pueblos que hemos sufrido durante años dictaduras militares, llenando de balas de goma y gases lacrimogenos las universidades. Exigimos la inmediata libertad y el cese de la represion y persecusion judicial a nuestros compañeros del SINTUSP como el compañero Brandao asi como a compañeros estudiantes y profesores. Exigimos el inmediato retiro de las fuerzas represivas de la USP. Apoyamos incondicionalmente los petitorios de la huelga y nos ponemos a disposicion de las acciones a realizarse a nivel internacional en apoyo a los huelguistas. Hoy mismo, se esta desarrollando una movilizacion estudiantil de universitarios, colegios secundarios y terciarios en Neuquen por demandas propias. Llevaremos alli esta denuncia y la propuesta de impulsar acciones comunes en defensa de vuestra lucha. Viva la unidad obrero estudiantil. Viva la unidad con los profesores en huelga. Todo nuestro apoyo y solidaridad a nuestros hermanos en lucha de Brasil.

Sindicato Ceramista de Neuquen - Obreros de Zanon Bajo Gestion Obrera.

Nota de Rogério Monteiro de Siqueira, Professor Doutor EACH-USP

Prezados colegas, amigos e alunos,

estou estarrecido. Nunca pensei que ia viver isso na na nossa universidade. Uma indignação enorme me fez deixar a assembléia de professores no prédio da História e descer correndo para a reitoria. A informação que tinha chegado à nós era de que o batalhão de choque estava soltando bombas sobre os estudantes e funcionários na reitoria. De alguma maneira, como professor, imaginei ter - junto com outros colegas - a força necessária para arrefecer o conflito. Era preciso evitar o pior, evitar que algum estudante se machucasse. Tínhamos visto nos jornais no dia anterior, policiais com metralhadoras.

Chegando mais perto, uma fumaça enorme, estudantes correndo, e um clima bastante ameaçador. Um aluno passou por nós dizendo que não devíamos ficar ali. Retruquei: Não. Vamos ficar aqui.

Descemos mais um pouco e uma tropa de choque, cacetetes, bombas, spray de pimenta, marchou em nossa direção. Subimos a calçada, que passem ! Tratava de saber o que de fato ocorria, procurar responsáveis, tentar negociar, verificar se alguém estava ferido. Mais perto, um policial do batalhão - uns quinze - mandou a gente se afastar. Dissemos que éramos professores. Se afastem! gritaram. Somos professores! Eles jogaram spray de pimenta na nossa direção. O Thomás que estava um pouco mais a frente, de carteirinha na mão, recebeu o spray nos olhos. Saímos correndo. Uma bomba de gás caiu a um metro dos meus pés. Parei um pouco e olhei na direção dos policiais com toda a raiva que já pude sentir.

Um policial com uma bomba na mão olhou pra mim. Senti que iríamos receber mais um presente da corporação. Estupei o peito e falei gritando: Você vai jogar na gente? Somos professores! Você vai jogar? O absurdo era tanto que fui mais absurdo ainda. Como eu podia fazer um negócio desses? Mas fiz.

Não dava mais para ficar lá. Chamei a Vivian Urquidi e o Jorge Machado para subir novamente até à História. O Thomás já tinha saído porque mal conseguia abrir os olhos. Meus olhos também ardiam muito.

Eu só gostaria de saber: o que um professor de carteirinha na mão, um outro com mochila nas costas, pasta em uma mão e blusa na outra, outra professora com uma flor na mão representam de perigo ao patrimônio da USP? Gostaria de saber até onde a tese de preservação do patrimônio se sustenta? Que espécie de comunicação e negociação é essa, que coloca policiais cegos a serviço da Reitoria? Para onde fomos? Para onde foi a experiência de 75 anos em produzir saber?

Saudações acadêmicas.

Rogério Monteiro de Siqueira

Professor Doutor EACH-USP História e Geometria http://www.each.usp.br/rogerms

Nota da UNE (União Nacional dos Estudantes)

Mais uma vez a Polícia Militar entrou em conflito com os estudantes da Universidade de São Paulo. Desta vez, o clima de tensão foi mais acirrado no local. Na manhã desta terça-feira, cerca de 300 pessoas ocuparam as ruas da Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo, e impediram a entrada da PM, no ato conhecido como "trancaço" que bloqueou a entrada principal. A Tropa de Choque da PM chegou à USP no início da noite de hoje.

A Polícia atirou balas de borracha, bombas de efeito moral e gás de pimenta contra os manifestantes. Foram presas três pessoas no final do confronto.

Há mais ou menos um mês as manifestações na USP não cessam. A reivindicação é por parte dos funcionários que pleiteiam um aumento salarial. Com o desenrolar dos últimos dias, as reclamações se voltaram contra a reitora da universidade, Suely Vilela. "A truculência da reitora fez com que seu afastamento se tornasse o mote principal da manifestação. Ela está fazendo um verdadeiro circo na universidade", declarou a Assessoria de Imprensa do Sintusp, o sindicato dos trabalhadores da USP.

Os estudantes se sensibilizaram com a luta dos funcionários e aderiram ao movimento. Mais tarde, foi a vez dos professores. Segundo o professor de história, Osvaldo Coggiola, em entrevista para o Estado de São Paulo, o principal motivo da adesão dos professores à greve é a presença da Polícia Militar no Campus. "Antes, professor não fazia greve. A greve nem estava na pauta da Adusp, mas não aceitamos a PM na universidade e por isso aderimos ao movimento", disse ele.

Nem na época da ditadura militar, a presença da PM dentro da USP foi tão incisiva como agora em tempos de consolidação da democracia no país. Na ocasião das ocupações da reitoria, em maio de 2007, e da faculdade de direito do São Francisco, em agosto do mesmo ano, a polícia foi extremamente ostensiva no embate com os manifestantes.

A reitora alega que não foi ela a responsável pela a chegada da polícia. De acordo com o advogado especialista em direto civil e professor universitário, Artur Fontes de Andrade, Suely Vilela é autoridade dentro do campus, mas qualquer diretor da área ocupada com legitimidade jurídica pode requerer a reintegração de posse.

Os manifestantes pedem o afastamento de Suely Vilela e eleições diretas para reitor da universidade. Mais um marco contraditório, já que a USP, historicamente, sempre lutou pela democracia.

De São Paulo Joyce Mackay e Danielle Franco

Apoios da Bolívia

Abajo la represión contra los trabajadores, docentes y estudiantes de la Universidad de San Pablo

Los abajo firmantes expresamos nuestra más enérgica solidaridad con los estudiantes, docentes y trabajadores no-docentes de la Universidad de San Pablo (USP) brutalmente reprimidos por la Policía Militar por llevar adelante una fuerte huelga por aumento de salario, en defensa de 5.000 puestos de trabajo amenazados, y de la educación pública, además de pelear por la reincorporación de Claudionor Brandão, Secretario General del SINTUSP (Sindicato de Trabajadores de la USP) despedido por defender los derechos de los trabajadores. Exigimos la libertad inmediata de los detenidos, el retiro inmediato de la Policía Militar de la USP, y el cumplimiento de las demandas de los trabajadores y estudiantes de la USP.

Primeras Firmas:

LOR-CI, Javo Ferreira

Cesar Lugo, Secretario General FSTMB (Federacion Sindical de Trabajadores Mineros de Bolivia)

Guido Mitma Secretario Ejecutivo FSTMB

PS-1 Jaime Alcocer, Secretario Ejecutivo (Partido Socialista Uno Marcelo Quiroga Sta Cruz)

SOL-K Sergio Tarqui, (Soberania y Libertad Katarista) Grover Fernandez, Secretario de Organizacion FDTFLP (Federacion Departamental de Trabajadores Fabriles de La Paz) y Secretario Ejecutivo Sindicato Textil MAKITESA Guadalupe Cuentas, Secretaria General Almacenes Aduaneros DBU-Swissport Grover Muñoz, delegado a la Federacion Naciona Trabajadores de SABSA (aeropuertos bolivianos)

Nota da APROPUC-SP

A diretoria da Associação dos Professores da PUCSP - APROPUC-SP vem manifestar sua solidariedade aos professores, estudantes e funcionários da USP, que estão mobilizados desde o dia 5 de maio, e que realizam uma greve conjunta em torno da reposição salarial e condições de trabalho. No dia 09/06 foi realizado um ato conjunto contra a repressão da polícia na USP ocorrida em 29/05. De forma arbitrâria, violenta, na quebra da autonomia e democracia universitârias, por determinação da reitora da USP Sueli e em consonância com o Governo Serra, a polícia reprimiu em 09/06, barbaramente a manifestação da comunidade universitária e invadiu o Campus do Butantã, permanecendo dentro do mesmo. Cenas como estas, são iguais e atê superiores, as presenciadas no período do terror da ditadura militar. Repudiamos veementemente essa atitude da reitoria e do Governo do Estado de São Paulo e nos somamos ao chamado da ADUSP, do SINTUSP e do movimento estudantil exigindo: a saída da polícia do Campus, a libertação dos presos e a abertura imediata das negociações em torno da pauta de reivindicações da greve. Solicitamos a tod@s que se somem ao repúdio contra a repressão propocionada pela reitoria e governo Serra, enviando email para repudio:gr@usp.br e se solidarizando com os estudantes, funcionários e professores em sua luta enviando emails para forapmusp@yahoo.com.br na defesa da autonomia e democracia universitária.
Presidente da APROPUC Maria Beatriz Costa Abramides

APOIO DO CONSELHO DE ENTIDADES DA UNIFESP

O Conselho de Entidades da UNIFESP vem manifestar seu apoio à greve dos companheiros servidores, estudantes e docentes da USP. As reivindicações apresentadas são justas e a luta contra a precarização do funcionalismo público e da educação superior pública, tanto nas esferas estaduais como federais, não pode parar. A manifestação é um direito no Estado democrático e não pode ser reprimida com violência.
MOÇÃO DE REPÚDIO À VIOLÊNCIA NA USP

O Conselho de Entidades da UNIFESP vem manifestar seu repúdio à atitude da Reitora da USP, Suely Vilela, pela convocação da PM ao campus universitário, num ato repressor à mobilização de servidores, estudantes e docentes da USP. Repudiamos, ainda, o autoritarismo e a violência praticados pela Polícia Militar do Estado de São Paulo para com os companheiros do movimento.

Pela imediata retirada da PM do campus, a renúncia da Reitora e a garantia de Universidade democrática,

CONSELHO DE ENTIDADES DA UNIFESP

APG | ADUNIFESP | DCE | SINTUNIFESP

Discurso de Ivan Valente (PSOL)

Sr. Presidente, gostaria de registrar que neste exato momento a Polícia Militar ocupa, persegue e bombardeia estudantes da Universidade de São Paulo. Foi invadida a Universidade de São Paulo pela Polícia Militar. Nós queremos denunciar isso. O campus universitário é sagrado, é lugar de conhecimento e saber.

Estive até as 2 horas da tarde na Universidade de São Paulo me solidarizando com a greve dos professores, dos estudantes e dos servidores da USP. Eles têm reivindicações absolutamente justas e pedem a saída da Polícia Militar do campus.

Neste momento, houve um confronto na entrada da USP, e a Polícia Militar do Governador Serra, a pedido da Reitoria da USP, a Sra. Suely Vilela, invade várias Faculdades, perseguindo estudantes, jogando bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, bombas de efeito moral.

Queremos, neste momento, denunciar, repudiar que uma reitora de uma universidade, da Universidade de São Paulo, seu Estado também, Sr. Presidente, não consiga estabelecer uma negociação de diálogo com servidores, com estudantes e com professores.

Agora mesmo assistimos a cenas em que um grupo de professores da Associação de Docentes negociava com a Polícia Militar e várias bombas foram jogadas, dispersando as pessoas. A situação na Faculdade de História e Geografia está insuportável, as câmeras da GloboNews estão transmitindo direto.

Queremos, desta tribuna, denunciar a ação da Reitoria e da Polícia do Governador José Serra. Entendemos que essa é uma atitude inusitada, Sr. Presidente. Nós vivemos debaixo da ditadura militar, nós vivemos a ocupação do campus da Universidade de São Paulo pelo Exército Brasileiro.

Eu acho de uma estupidez a toda prova no lugar sagrado do campus se adentrar a Polícia Militar. Aliás, é um fermento para a greve, para a violência, porque universidade não é lugar de repressão. É lugar de reflexão, é lugar de conhecimento, de saber, de diálogo.

Por isso, Sr. Presidente, queremos manifestar mais uma vez o apoio aos docentes, ao funcionários e aos estudantes. E que a reitora mande retirar imediatamente a tropa e as bombas da Universidade de São Paulo, local de longa tradição de resistência e democracia.

Muito obrigado.

Declaração de José Genoíno (PT)

José Genoino - Sr. presidente, peço a palavra pela ordem.

Deputado Michel Temer - Tem V.Exa. a palavra.

José Genoino - Sr. presidente, quero associar-me à manifestação feita pela Liderança do PSOL em relação aos graves acontecimentos na Universidade de São Paulo.

Desde 69, não víamos a USP ocupada militarmente pela PM. O líder Ivan Valente tem razão. As notícias que estão saindo na Internet e as imagens da televisão mostram que a USP está literalmente ocupada.

Eu, pessoalmente, tentei há meses uma interlocução com a reitora Suely Vilela e com o sindicato dos servidores por causa de uma demissão por justa causa do sindicalista Claudionor Brandão.

Não obtive resposta. Até falei com alguns deputados que apoiam o governo do PSDB de São Paulo.

Portanto o deputado Ivan Valente tem razão, quando traz ao Plenário fatos graves que estão ocorrendo na Universidade de São Paulo. Fere a autonomia universitária, é uma invasão policial, está havendo prisões, bomba de gás nas unidades da USP, devido à intransigência da reitora Suely Vilela.

Por isso, quero associar-me à manifestação do companheiro Ivan Valente.

Nota no site de Raul Marcelo (PSOL)

A Polícia Militar tomou o campus da Universidade de São Paulo nesta segunda-feira (1º de junho) por treze horas. Os policiais cercam o prédio da reitoria, controlando o acesso e saídas, em razão da greve dos servidores. O contingente da PM só deixou o local depois que professores de diversas unidades iniciaram uma aula pública em frente ao prédio da reitoria.

Nesta terça-feira, às 11 horas, será realizado um ato no local em repúdio à entrada da PM no campus para intimidar a mobilização da comunidade univeristária. Os professores também farão paralisação.

A bancada do PSOL repudia o uso da força policial contra o movimento grevista dos servidores – apoiado pelos estudantes. As lutas reivindicatórias dos movimentos sociais são legítimas, uma conquista do processo de redemocratização do país, e devem ser encaradas como parte do pleno exercício da participação popular. Não como caso de polícia.

Em nosso país, no entanto, a resposta dos governos tem sido a criminalização dos movimentos sociais e da pobreza.

No caso da USP, onde os servidores estão em greve desde o dia 5 de maio, cobrando reposição das perdas salariais e a reintegração de um dirigente sindical demitido, a reitoria recusa-se a negociar com o movimento. Hoje o Sintusp (Sindicato de Trabalhadores da USP) denuncia que “os policiais estão com uma atitude provocativa frente aos trabalhadores, arrancando as faixas dos grevistas, buscando abertamente causar incidentes. Isso se dá justamente após a reitoria, apoiada pelo governo do estado, ter suspendido as negociações com os trabalhadores de maneira completamente arbitrária”.

Nosso mandato repudia a criminalização da greve dos servidores da USP, apóia a luta dos trabalhadores por salários dignos e respeito à organização sindical e defende a universidade pública, gratuita e de qualidade. A USP é um patrimônio da população paulista e não pode ser palco de episódios dignos de regimes autocráticos.

Moção dos estudantes da Unifesp

Os estudantes da Universidade Federal de São Paulo – CAMPUS GUARULHOS – reunidos em assembléia geral manifestam seu repúdio a ação repressiva e violenta da polícia militar a mando do Governo estadual e da REItora da USP, Suely Vilela, aos estudantes, professores e funcionários que estão legitimamente mobilizados em greve.

Solidarizamos- nos com as lutas que ocorrem na USP, Unicamp, Unesp e Fatec e apoiamos todas as reivindicações:

_Contra a repressão aos movimentos sociais!

_Fora PM das universidades!

_Fora Suely Vilela!

Barrar a Univesp já!

_Readmissão do Brandão já!

Manifestamos também nosso repúdio a imprensa/mídia burguesa e elitista que criminaliza e reprime os movimentos sociais, blindando o Governo serra e a reitoria da USP, impedindo que a realidade dos fatos chegue a população: a Universidade Pública brasileira esta sendo sucateada!

Saudações aos companheiros em luta.

Guarulhos, 09 de junho de 2009

Assembléia Geral dos estudantes

quinta-feira, 18 de junho de 2009

CUT-SP - Para José Serra, diálogo só com balas de borracha

A Central Única dos Trabalhadores do Estado de São Paulo repudia a ação truculenta da Polícia Militar contra os trabalhadores e estudantes, na tarde dessa terça-feira, dia 09 de junho, diante da entrada principal da Universidade de São Paulo. Lamentavelmente, o uso da força contra a proposta de diálogo é a marca registrada da gestão José Serra. O governador paulista jamais aceitou conversar com os servidores do Estado, mesmo após a aprovação na Assembléia Legislativa de uma data-base do funcionalismo, em 2006. As audiências e reuniões públicas dos trabalhadores sempre são cercadas de forte aparato de segurança, meio que Serra utiliza para se manter isolado no Palácio dos Bandeirantes. Em outras ocasiões, o tucano prefere tentar manipular a mídia ao alegar caráter político a qualquer manifestação de insatisfação diante da intransigência de seu governo.Há mais de um mês os funcionários da USP exercem o direito constitucional de greve para exigir que o Estado apresente condições dignas de trabalho. O confronto que ocorreu já estava previsto desde que a PM passou a ocupar o campus da universidade, na semana passada, da forma que só aconteceu no período da ditadura militar brasileira. Até quando as respostas às reivindicações do funcionalismo paulista virão em forma de balas de borracha e bombas de efeito moral? Até quando o governador utilizará dinheiro público para publicidade – inclusive em outros Estados, de olho na próxima eleição – ao invés de aplicar nos trabalhadores e na melhoria dos serviços públicos?

Adi Lima, presidente da CUT/SP